Ida ao clube. Noite de festa como norma e hoje, só hoje ainda, subida ao quarto. Só nós. Pergunto-te se vamos convidar alguém e viver uma pequena grande aventura. Tu acenas que sim. Hesitas entre desejo e todos os receios de que nos veste a inexperiência. E então? Temos de partir de um qualquer ponto, desde que juntos, verdadeiros, apaixonados. Divido contigo um olhar parado de silêncio. Sorrio-te e parto para trazer comigo alguém especial. Regresso só afinal. Tu espanto, estranheza, mas quieta sobre a cama. O teu vestido preto, os sapatos elegantes...tudo em ti me promove calor, tentação. Anúncio que lhes lancei o convite e sento-me ao teu lado, semi-despidos, porta do quarto entre-aberta...eles ali já. Tu tensa mas aqui. Concentrada em nós, neles, nisto. Há uma adrenalina que te faz refém e que desafias conhecer ao mesmo tempo. Queremos melhorar o episódio 1 e ainda assim conseguir um resultado diferente. Superior. Mais nosso. Sem pressão...a pressão normal. A pressão é a única roupa que não sabemos despir naquela hora, e eles cientes, evidentemente. Sorrisos compreensivos. Sentes empatia e carinho. Dois minutos passados e estamos deitados os 4 lado a lado. Conversa amena sobre experiências passadas e futuras. Gente, o clube, pessoas e factos. Agradável, autêntico...acolhedor. Eles mais experientes, nós seguros disso. O clube é ja meia casa. Começo a senti-los como amigos. Já não só conhecidos, sabes? E é tudo tão melhor quando estás em tua casa. É estranha esta familiaridade e ao mesmo tempo tão amiga do momento. Avançamos e assumimos a noite, o momento. Do outro lado eles beijam-se, tocam-se, ligam motores. Não fazemos a menor ideia do que estamos a fazer mas ainda assim vamos. Ora loucos ora conscientes. Vamos. Estamos lado a lado a trocar intimidade quando te chego a ela. Vocês. Lembro-me de coisas, imagens. Tu nela. Os teus dedos nela...ela nele. Eles, nós. Havia um compromisso elegante e depois mais nada. Só carne, suor e fogo. Lembro-me da tua língua nela a par dos dedos, eu no teu ouvido, língua, gemidos..."gostas?". Havia entre vocês o pecado da carne e nós ali. Eu em ti, ele nela. Juntos. Tão juntos que a sentia respirar no meu ouvido, que a sentia curvar as costas de prazer. A intimidade dividida traz um fogo que consome florestas de coisas sem que percebas como. É tão sedutor e tentador que te apavora. Ao mesmo tempo, cocaína de coisas que sentes por dentro. Vício da carne a que te comprometes. Tu no peito dela, ela em ti. Lembro-me dela em ti. Tu em mim...que loucura. Tentas ser racional e toma-se a noção de que tudo aquilo resvala numa questão de segundos. É como um carro a alta velocidade e a ilusão de que és tu a decidir...que és tu a pedir mais...tão mais...

olá meninos..
ResponderEliminarBem...
esse vosso relato está mesmo quente!
Dá para notar, que houve nessa aventura uma chama deliciosa!!
Beijos! ;)
Os cereja
(: Há algum tempo que não devorava assim um blog de um trago. Café curto, intenso, quente, despertador de sentidos... condensado numa polpa doce, delirante, embala-me o desejo de saber mais...
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